El proceso de enseñanza/aprendizaje con herramientas web 2.0. ¿Quién enseña a quién? (Repositorio en .@juandoming)

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Pongámonos en situación. El alumno/a levanta la mano y pregunta al profesor/a:

“¿Y si en vez de presentar el trabajo en clase creamos un blog y una wiki para que todos podamos participar y luego compartir lo que hagamos en Facebook y Twitter?”

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Ferramentas Web 2.0 para professores

Estas ferramentas são úteis, livres e economizam tempo.

Já conheces algumas!

Vão facilitar o teu dia a dia de trabalho.

3 de setembro

Foto de Miguel Cardoso: http://500px.com/photo/12255391

hoje foi dia de apresentação ao trabalho. rever amigos. rever alguns hábitos. contar novidades…

Ontem dei comigo a pensar que todos os anos é sempre a mesma coisa: podia ter feito isto, mais aquilo, visto isto e aquilo, lido este e aquele… mas acabo sempre por fazer isto, mais isto, mais isto, mais aquilo, sem esquecer aquilo. é sempre assim no final das férias. mas, há sempre a consolação: para o ano é que vai ser.

hoje fui desafiado por Fernando Pessoa:

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

É dia de recordar a nortada:

Desistir ou resistir é passivo. A fidelidade é criativa, é recomeçar cada dia!

Veja o que pode fazer, caro professor!

É tempo de férias, de leituras, de passear. Partilho mais uma crónica escrita para a revista online O TEU ESPAÇO.

Foto de @Miguel Cardoso, http://www.miguelcardoso.com/

Uns de férias, outros em exames, outros em período de avaliação, outros, muitos, indignados. Escutamos, vemos e lemos notícias sobre o MEC, GAVE, DREL’S, CONFAP e tantos outros organismos ligados à educação.

As escolas vivem dias atribulados. Reformas e contra-reformas, novos e velhos estatutos, coimas por isto e para aquilo. O ministro é isto, os professores são aquilo, os alunos… seres estranhos!

Todos os dias somos “bombardeados” com notícias pouco animadoras das escolas, do processo ensino-aprendizagem, das relações escola / família.

Recebi esta carta, via e-mail, a qual partilho com todos os pais e alunos do nosso país. Continuar a ler

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OS PROFESSORES

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.

O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.


Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.


Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.


Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.


Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.


Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011
Lido em Terrear.